Funkeira brasileira transforma o tema do mêsversário do filho em um ensaio fitness, usando o bebê como “halter humano”

“Fui muito criticada, principalmente por homens, que disseram que eu sexualizei a amamentação. Mas o que eu quis foi mostrar o outro lado: a ausência de paternidade”, afirma a funkeira MLow

Funkeira brasileira MLow posa com o filho em ensaio fitness para celebrar o mêsversário de seis meses. Créditos: @mc_mlow_

A funkeira brasileira MLow, 37 anos, que mora na Espanha, divulgou no último final de semana um ensaio fitness para marcar o mêsversário de seis meses do filho. Nas imagens, ela realiza exercícios funcionais com o bebê nos braços, utilizando-o como “halter humano”. A publicação veio poucas semanas após a artista ter sido criticada nas redes sociais por divulgar fotos amamentando o filho. À época, parte do público, principalmente homens, acusou a funkeira de sexualizar o momento.

O episódio anterior ocorreu no final de outubro, quando MLow publicou fotos amamentando o filho. As imagens, feitas em casa e sem produção de estúdio, receberam críticas e dividiram opiniões nas redes sociais. “Essas fotos mostravam um momento real entre mãe e filho. Eu quis registrar algo que faz parte da rotina, sem pensar em provocar ninguém”, explicou. “Disseram que eu estava sexualizando a amamentação, mas minha intenção nunca foi essa.”

No novo ensaio, produzido durante a comemoração de seis meses do filho, MLow afirma que quis responder às críticas ao trabalho anterior. Segundo a artista, muitos comentários vinham de homens que diziam que ela “não tinha o que fazer” ou que “queria aparecer”. “Depois de ouvir tanta gente dizer que mãe não pode fazer nada além de cuidar do filho, resolvi mostrar que pode sim. A mulher é multitarefa, e o meu ensaio foi uma forma de provar isso”, afirmou.

Ao comentar as reações que costuma receber nas redes sociais, MLow diz que, embora muitas críticas venham de homens, as mais duras frequentemente partem de outras mulheres. Para ela, esse comportamento decorre do machismo estrutural ainda presente de forma silenciosa na sociedade. “O machismo que está dentro da mulher às vezes machuca mais do que o machismo vindo do homem, porque vem disfarçado de opinião”, conclui.

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