Instituto Alok vira parceiro de campanha global para ampliar o Programa Água de Beber em aldeias indígenas e no nordeste
-após beneficiar mais de 23 cidades da região na primeira fase da ação, o Instituto passa a atuar como parceiro brasileiro da Team Water, mobilização criada por MrBeast e Mark Rober, e da ONG global WaterAid, na missão de levar água potável às populações vulneráveis-
foto: João Costa
O Instituto Alok anunciou o início da expansão do programa Água de Beber com a instalação de 700 sistemas de filtragem e purificação de água em aldeias Xavante e do Xingu (MT) e do Maranhão. A iniciativa – que tem parceria de execução técnica com a ong Água é Vida – vai atender cerca de 3.500 pessoas. A ampliação acontece por meio de aliança estratégica com a organização global WaterAid.
Moradores das aldeias São Benedito, Sete Rios, São Miguel, Tseizah e Rio Maria da comunidade Xavante e do Polo Wawi do Xingu: Ngotire, Wakatxi, Ngosakatxi, Tyrykhô e Payetãn (MT) já estão recebendo os equipamentos e capacitação para o melhor uso da água e manutenção do sistema. No Maranhão o DSEI Maranhão já recebeu os filtros e fará a entrega para 16 aldeias, entre elas Kreniê Pedra Branca, Apolinário e Inajátyrendá.
O Programa Água de Beber foi iniciado em 2024 – em parceria com a startup social Água Camelo em 23 cidades nordestinas e com o Unicef em 13 comunidades indígenas - alcançando cerca de 20 mil pessoas. Na região Nordeste, o Instituto pretende dobrar este impacto e para isso está também renovando parceria com a Água Camelo para ações em 2026.
"Causam muita tristeza e indignação os dados que retratam a realidade da ausência de acesso à água potável, segura, em comunidades indígenas, quilombolas e mesmo das periferias urbanas do Brasil. Apoiamos ações emergenciais e esperamos que os setores públicos a trabalhem com maior urgência em soluções definitivas", diz Alok.
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As ações de Instituto Alok e da ONG Água é Vida nas aldeias Xavante, do Xingu e do Maranhão já começaram, num esforço conjunto para enfrentar um contexto de seca e escassez que envolve ainda a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde e três Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) em Canarana, Barra do Garças (MT) e São Luís (MA). O DSEI é uma unidade de gestão descentralizada do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, voltada para a saúde das populações indígenas.
“Fomos abençoados, porque graças a Deus temos uma água que é da aldeia e da escola. Mas, a maioria das comunidades das aldeias vizinhas não tem, e a água dos rios está suja, então precisam vir aqui para matar a sede. Agora, com os filtros, terão como transformar a água do rio em água de beber em suas casas. Muito obrigado: a água é tudo: para fazer a comida, a boa plantação e também para fazer o urucum. A água é tudo, a água é vida, a água é saúde”, diz o Cacique Felisberto Tsenerere Rudzane Edi da Aldeia Ro'oredza'odzé do povo Xavante.
Cacique Felisberto Tsenerere Rudzane Edi (foto: João Costa)
Os recursos para a participação do Instituto Alok na iniciativa foram aportados pela campanha Team Water, criada por MrBeast e Mark Rober. A gestão do apoio aos projetos nos vários países é coordenada globalmente pela WaterAid (fundada em 1981 no Reino Unido, atua em dezenas de países da África, Ásia, América Latina e Oceania).
Na parceria com Água é Vida, além de atender à urgência do acesso à água potável, o projeto tem caráter experimental e formativo: os dados e diagnósticos gerados apoiarão o desenvolvimento de soluções definitivas, em diálogo com órgãos públicos e comunidades, contando inclusive com um aplicativo que coleta dados das famílias beneficiadas, como geolocalização e dados demográficos. A ong recebe doação da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias para ações que contemplam estas e outras regiões.
“Esse projeto não é só sobre entregar água potável — é sobre cuidar das pessoas. Além de atender a uma necessidade urgente, estamos aprendendo junto com as comunidades para criar soluções permanentes.
Usamos um aplicativo simples, onde registramos informações importantes das famílias, como onde vivem e de onde vem a água que consomem. Com esses dados, conseguimos entender melhor a realidade de cada território e construir, junto com os órgãos públicos, caminhos para que a água segura chegue a todos de forma definitiva”, conta Felipe Martins, diretor ESG da Água É Vida.
fotos: João Costa
Hoje, mais de 497 mil indígenas vivem em 5.664 aldeias na Amazônia Legal. A ausência de água potável em muitas delas pode comprometer diretamente a saúde, a segurança alimentar e a autonomia dessas comunidades. Para Weibe Tapeba, secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde: “a iniciativa soma esforços para garantir água potável nos territórios mesmo em períodos críticos, prevenindo doenças e assegurando condições essenciais de cuidado. Como Secretária de Saúde Indígena, reconhecemos a importância dessas tecnologias apropriadas e do monitoramento qualificado para orientar ações rápidas, integradas e alinhadas às necessidades reais dos povos indígenas”.
Com essa expansão, o Instituto Alok reafirma seu compromisso com as populações mais vulneráveis, com uma vida digna e o acesso dos cidadãos a um bem universal como a água.
“O acesso à água potável não pode ser privilégio de alguns, é um direito que deve ser garantido”, afirma Devam Bhaskar, diretor do Instituto Alok.
O artista e presidente do Instituto Alok comemora a iniciativa e destaca a relevância das parcerias firmadas.
“É com alegria que o Instituto Alok integra, como organização brasileira convidada, a campanha global da Team Water, unindo-se à WaterAid. Celebro também a alta qualidade técnica e sentido de propósito de nossos parceiros no Brasil, a ong Água é Vida e a Água Camelo”, completa Alok.
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