“Jovem demais”: influenciadora 60+ diz ter sido criticada por usar vestido de Natal considerado inadequado para a idade

“Disseram que eu estava vestida como se tivesse 30 anos, como se isso fosse um problema”, afirmou Ivy Mena.

Foto: Divulgação | CO ASSESSORIA

A influenciadora Ivy Mena, de 60 anos, eleita pela Playboy como a criadora de conteúdo 60+ mais bonita do mundo, afirmou que recebeu uma série de críticas após publicar fotos usando um vestido de Natal que parte do público considerou “jovem demais” para sua idade. Segundo ela, os comentários não se limitaram à roupa, mas revelaram uma tentativa de enquadrar seu comportamento a partir da idade, algo que ela identifica como etarismo.

Ivy contou que os comentários começaram de forma sutil, mas rapidamente passaram a carregar julgamento. “Não era uma crítica sobre gosto ou estilo. Era gente dizendo que eu deveria me vestir de outra forma porque tenho 60 anos. Como se existir liberdade depois de certa idade fosse uma afronta”, relatou.

A influenciadora explicou que escolheu o vestido porque se sentiu confortável e feliz, sem imaginar que a roupa se tornaria alvo de reprovação. “Eu me olhei no espelho e gostei do que vi. Em nenhum momento pensei na minha idade como um problema. Mas, pelos comentários, ficou claro que para algumas pessoas isso ainda é um limite que a mulher não pode ultrapassar”, disse.

Segundo Ivy, muitas seguidoras passaram a compartilhar experiências semelhantes após o episódio. “Recebi mensagens de mulheres dizendo que deixam de usar certas roupas, evitam cores ou modelos porque têm medo de ouvir que estão tentando parecer mais jovens. Isso mostra que a crítica não é isolada, ela atinge muita gente”, afirmou.

Para ela, a cobrança não acontece da mesma forma com homens. “Quando um homem mais velho se veste de forma jovial, ele é visto como moderno ou charmoso. Quando é uma mulher, vira inadequação”, disse. Ivy afirma que o episódio reforçou a importância de falar sobre o tema. “Se a idade serve para me limitar, então o problema não é o vestido. É a ideia de que a mulher precisa desaparecer com o tempo”, conclui.