PADRE OMAR E MARCELLA MUNIZ ESTÃO NO ARENA DOS SABERES PARA FALAR SOBRE ESPIRITUALIDADE, POLÍTICA E ARTE
COM APRESENTAÇÃO DE GABRIEL CHALITA, EDIÇÃO INÉDITA VAI AO AR NA TV CULTURA NESTA QUINTA (30)
Nesta quinta-feira (30/10), a partir das 20h, o Arena dos Saberes recebe o reitor do Santuário Cristo Redentor no Corcovado, Padre Omar, que fala sobre a importância das mulheres para a construção do Cristo Redentor e como ele enxerga o poder da religião diante de um cenário mundial tão polarizado. O programa também tem a participação da atriz Marcella Muniz, que conta detalhes de sua nova peça, Água Fresca para as Flores.
No dia 12 de outubro, o Cristo Redentor, símbolo do Rio de Janeiro, completou 94 anos. Relembrando a data, Gabriel Chalita pergunta ao padre sobre a história do monumento e ele comenta que foi uma construção idealizada por ocasião do centenário da Independência do Brasil em homenagem à Princesa Isabel, a Redentora, em 1922.
Para possibilitar a obra, ele conta que as mulheres católicas cariocas tomaram a frente. “Elas fizeram um abaixo-assinado em 1922 para o presidente Epitácio Pessoa, para que houvesse a sessão do Cume do Corcovado para a igreja construir o monumento. [...] Aqui nas ruas de Botafogo saíam com lençóis, pedindo doações para construir a imagem”. Ele ainda revela que a própria imagem do Cristo possui traços e marcas femininas, inspiradas e feitas por essas mulheres. “Depois que recebiam as doações, elas se reuniam no Largo do Machado e colavam o nome dos doadores atrás de pequenos mosaicos de pedra sabão. [...] E outra, as mãos do Cristo Redentor são dedos alongados, mão feminina [...].”
Na edição, o sacerdote ainda opina sobre a polarização atual do mundo e a separação de relações, entre família e amigos, a partir da política. Para ele, as pessoas intolerantes, centrais nas divisões políticas, não são capazes de praticar a empatia, “então, seja do indivíduo às questões geopolíticas internacionais, que também estão em pé de guerra, tudo isso tem uma dimensão transversal que é evidenciada pela zona de conflito, pela guerra, pela tensão”, comenta. Ao mesmo tempo, diz ser necessário que a sociedade apresente um ambiente de diálogo e de escuta ativa, que acredita ser possível “através do Cristo Redentor”, pois “Jesus sofreu tudo pela humanidade e permanece de braços abertos hoje”.
No quadro Terceiro Sinal, a atriz Marcella Muniz, em cartaz com o monólogo Água Fresca para as Flores, compartilha sua experiência na peça que é inspirada pela narrativa de mesmo nome, escrita pela francesa Valérie Perrin. A protagonista, Viollete, passa por muitas adversidades na vida, mas leva tudo com muita leveza. Diante disso, a atriz decidiu acrescentar a visão budista em sua versão da apresentação e destaca a conexão com o público: “Eu falo que a Violette virou uma rede de apoio. [...] Eu recebi gente de Recife que veio só para ver a peça. [...] Eu já recebi depoimentos de falar assim: ‘Minha filha, muito obrigada. Eu agora tô entendendo mais o luto.’ ‘Minha filha, muito obrigada. Eu agora entendo mais uma relação tóxica.’ ‘Eu entendo mais uma perda.’ E isso, para mim, é meu maior patrocínio.”.
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