PSICÓLOGA DE REBECA ANDRADE É ENTREVISTADA POR MARCELO TAS NO PROVOCA, DA TV CULTURA
ALINE WOLFF FALA SOBRE SAÚDE MENTAL NO ESPORTE E VULNERABILIDADE DOS JOGADORES DE FUTEBOL, NESTA TERÇA (19/8), A PARTIR DAS 22H
Nesta terça-feira (19/8), no Provoca, Marcelo Tas conversa com a psicóloga do esporte Aline Wolff, responsável pela mente sã de Rebeca Andrade, maior medalhista Olímpica da história do Brasil. No bate-papo, ela fala sobre a alta porcentagem de atletas com ansiedade e depressão; diz que a saúde mental no esporte é um tema muito recente; explica a importância da psicologia vir da base e sobre a vulnerabilidade dos jogadores de futebol. Vai ao ar na TV Cultura, às 22h.
"Tem um dado evidente de que 34% dos atletas de elite têm sintomas de ansiedade ou depressão. É muito alto esse número. Por que isso acontece?", pergunta Tas. “Porque o esporte é repleto de diversos estressores e isso vulnerabiliza as pessoas (...) a tendência é que, se bem cuidado, se a gente tiver programas de saúde mental bem construídos, presença de profissionais devidamente preparados e com habilitação para cuidar desses atletas, isso tende a diminuir, porque a gente tem uma era de descuido nessa área (...) o primeiro consenso sobre saúde mental no esporte, liberado pelo Comitê Olímpico Internacional, foi em 2019. Isso foi ontem”, destaca a psicóloga.
Tas questiona que no futebol, a gente vê que um time não vai bem e logo diz: "vamos contratar uma psicóloga. Não é parte da estratégia da performance do atleta. Isso é parte do problema?". Aline responde: “Muito, porque a saúde mental, a psicologia fica no lugar errado. O lugar certo é na base, e aí faz parte da estratégia. Quando ela está sendo vista na base, na concepção das relações, da liderança, para onde aquele time vai, que é composto por pessoas com diferentes trajetórias, histórias, isso é o lugar certo da saúde mental”, explica.
Em outro momento da edição, Tas pergunta se são suficientes os cuidados com os meninos do esporte mais popular do Brasil e o quanto que pessoas que têm muito poder, têm uma imaturidade que não foi trabalhada. “Essas pessoas têm muito dinheiro, mas elas são muito vulneráveis. E sendo muito vulneráveis, elas estão suscetíveis a relações que não são bacanas. Os atletas de futebol são tratados desde muito cedo como ativos, como um produto que pode render muito para muita gente”, conclui.
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