18/09/2025 00:05

Simone Mendes emociona filho ao revelar infância humilde e especialistas destacam impacto da pobreza no desenvolvimento infantil

Trend que viralizou nas redes sociais revela diferenças geracionais e sociais entre pais e filhos; Saiba a importância de falar sobre o tema

Reprodução internet

 

Recentemente, um vídeo publicado por Simone Mendes viralizou ao mostrar a reação emocionada do filho Henry ao descobrir as dificuldades vividas pela mãe na infância. A cantora, junto ao marido Kaká Diniz, participou da trend “dê um passo à frente”, dinâmica em que situações da infância são comparadas entre pais e filhos. O momento sensibilizou o público ao evidenciar os contrastes entre a realidade atual do menino e o passado simples da artista.

 

A repercussão se conecta a outro vídeo que também tomou conta das redes sociais: a estudante e influenciadora Larah Rabelo, de apenas 10 anos, chorou ao perceber, durante a mesma brincadeira, as diferenças entre sua infância e a de seu pai, Airton Gomes. A gravação ultrapassou 11 milhões de visualizações no TikTok e comoveu os internautas.

 

Para a neurocientista Telma Abrahão, especialista em desenvolvimento infantil e saúde emocional das famílias, esses vídeos trazem à tona um tema profundo e pouco discutido: os impactos da pobreza na formação emocional das crianças. “A pobreza extrema é, por si só, uma experiência adversa da infância profundamente desorganizadora. Não se trata apenas da ausência de recursos financeiros, mas da ausência de segurança, previsibilidade e dignidade, elementos essenciais para o desenvolvimento saudável de uma criança”, explica Telma.

 

Segundo a especialista, crescer em um ambiente de vulnerabilidade significa viver sob estresse crônico, o que afeta diretamente áreas do cérebro ligadas à regulação emocional, aprendizado e memória. Entre as consequências estão maior dificuldade de atenção, atraso no desenvolvimento, baixa autoestima e riscos elevados de transtornos emocionais e físicos na vida adulta.

 

Telma reforça, no entanto, que é possível quebrar ciclos de dor: “Pais que buscam curar seus próprios traumas conseguem criar um ambiente mais seguro e acolhedor para os filhos. Validar emoções, desenvolver empatia e oferecer segurança emocional são atitudes que mudam destinos. O trauma da pobreza não termina quando a conta bancária melhora. Ele precisa ser reconhecido, acolhido e curado. Buscar ajuda, informação e apoio é um ato de coragem e também de amor pelos filhos. Você pode ter herdado dor, mas seus filhos podem herdar cura”, destaca.

 

Os vídeos de Simone Mendes e da jovem Larah servem como retratos poderosos de como a consciência das diferenças sociais pode despertar emoções profundas em crianças e abrir espaço para diálogos importantes dentro das famílias.

 

—————

Voltar


Contato

Jornal1 no Canal 3 da Claro


são paulo


(11)968674366